segunda-feira, 13 de junho de 2011

Um sabor para recordar



Determinados cheiros têm o poder de nos transportar. Quem não tem guardado na lembrança o aroma e o sabor daquele bolo, da sopinha, ou daquelas merendinhas gostosas preparadas pelas nossas mães e avós? Ou daqueles momentos em que nada mais tínhamos que nos preocupar, a não ser em descobrir, com surpresa, o que nossa mãe havia colocado em nossa lancheira, ou o que seria servido na hora do lanche ou nos almoços familiares dos domingos.

Ou mesmo aqueles momentos quando, confinados dentro de casa sem poder sair para brincar, esperávamos que sarassem as “potocas” da catapora ou de quaisquer daquelas enfermidades comuns na infância, ou ainda as conseqüências de uma catastrófica queda de bicicleta cicatrizassem, e nossos tios e tias nos mimavam com guloseimas e toda a sorte de bobagens.

A afetividade ligada as nossas vivências, positivas ou negativas, muitas vezes acabam por determinar nossa predileção por determinados alimentos ou mesmo todo o nosso comportamento alimentar e, se não, pelo menos se manifestam naquele “dia-de-cão” em que você implora por um sundae com muita calda de chocolate.

Esse, no entanto, é apenas um dos lados da moeda. Um distúrbio alimentar similar à bulimia e anorexia que se caracteriza pela antipatia por certos grupos de alimentos, geralmente vegetais, frutas, alimentos desconhecidos ou temperos fortes vem sendo alvo de novos estudos e pesquisas. As pessoas geralmente caracterizadas como “chatas para comer” possuem, na verdade, o chamado “paladar infantil”.


Enquanto a grande maioria dos adultos sente prazer na experiência gastronômica diferenciada, os “chatos para comer” têm medo de encontrar no prato “algo intolerável”. Esse distúrbio se mostra mais cruel quando esse distúrbio afeta a vida social da pessoa, que passa a evitar situações apenas para não ter contato com o alimento indesejado.

Alguns casos extremos demonstram sinais de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): pessoas que consomem apenas comidas de uma determinada cor (só se alimentam de pães, queijos e massas, por exemplo); pessoas com aversão a alimentos verdes (rejeitam todas as folhas e até mesmo limões); e pessoas que retiram completamente de seus cardápios alguns alimentos fundamentais para o bom funcionamento do organismo, como frutas. O mais importante é descobrir se realmente existe um problema e reconhecê-lo.

Mas, se este não for o seu caso e se você apenas não tinha parado para pensar no significado do “comer” ou do “não-comer” e agora tem procurado uma alimentação que se encaixe nesse novo estilo de pensar e sentir sua alimentação, aqui vai mais um alimento que deve fazer parte de seu prato.

A memória é uma função que podemos ajudar a preservar com a ajuda dos alimentos, afinal, queremos que aquelas gostosas lembranças de nossa infância sejam mantidas bem vivas em nossa lembrança.


Berinjela:

A tonalidade de sua casca deve-se à presença de antocianinas, proantocianinas e flavonóides. As duas primeiras substâncias inibem a produção de radicais livres e os flavonóides apresentam propriedades antioxidantes. Sendo assim, recomenda-se que esta seja consumida com as cascas.

As investigações sobre a berinjela têm incidido sobre um fitonutriente encontrado na pele de berinjela chamado nasunin. Nasunin é um antioxidante potente e com grande proteção contra radicais livres, comprovado para proteger as membranas celulares contra danos. Em estudos com animais, nasunin evidenciou capacidade de proteção dos lipídios (gorduras) nas membranas celulares do cérebro.

Quibe de Berinjela


300 g de trigo para quibe
3 berinjelas médias
700 ml de água
1 cebola
2 dentes de alho
1/2 maço de hortelã
1 pitada de pimenta síria
sal a gosto

Recheio:
1 colher, das de sopa, bem cheia de manteiga
200 g de muçarela ralada na parte grossa do ralador
1 tomate maduro em cubinhos
80 g de azeitonas verdes sem caroços
azeite

Lave muito bem o trigo, coloque de molho em 500 ml de água morna e deixe descansar por 1 hora. Após esse tempo, escorra o trigo em uma peneira e aperte bem com as mãos para tirar o excesso de água.
Descasque e pique as berinjelas em pedaços médios. Leve ao fogo com 200 ml de água e 1 pitada de sal. Cozinhe até ficar macia, escorra e aperte bem para tirar o excesso de água.
Bata a berinjela, a cebola, o alho e o hortelã no liquidificador até virar uma pasta.
Junte essa pasta de berinjela ao trigo e tempere com sal, pimenta síria e manteiga. Misture bem.Unte um refratário com manteiga e coloque a metade do quibe. Recheie com a muçarela, os tomates e a azeitona e regue com bastante azeite.Cubra com a porção restante do quibe, faça marcas com a faca, regue com azeite e leve ao forno pré-aquecido (200 graus) por meia hora ou até dourar.

Alimento para a alma:

"Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios" Salmo 103:2


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